sexta-feira, 19 de abril de 2019

Lá diz o ditado: não há duas sem três...





23 dias, 3 postes deitados abaixo em outros tantos despistes.
Tanta "actividade", deveria acender luzinhas de alarme na cabecinha dos senhores autarcas: presidente da câmara e presidente da junta.
Segundo o primeiro, está tudo acautelado, não há problema, são uns quantos bêbados desordeiros que mancham o registo de segurança do troço rodoviário.
Ao presidente da junta, não lhe conheço qualquer acção, iniciativa ou sequer comentário à anormalidade de tanto despiste.
Começa a parecer um arrepiante presságio.
Eu NÃO quero ter razão. Quero que façam TUDO o que podem para reforçar a segurança daquela curva.
Mas se acontecer, repito, estarei na linha da frente a pedir responsabilidades!!

terça-feira, 9 de abril de 2019

Mais uma vítima...de cimento ( por agora! ).






12 dias depois, mais um despiste, mais um poste ao chão ( ainda o anterior não foi recolocado ).
Desconheço o que originou o acidente, mas isso é irrelevante para o resultado final, ou seja, a possibilidade de um despiste poder causar vítimas entre quem ali passa, principalmente a pé.

Como afirmou o sr. Vice-Presidente da CMFF ( agora Presidente )...


B) No que diz respeito aos trabalhos efetuados no âmbito da empreitada de beneficiação da curva do cemitério:
Foram implementadas várias medidas de acalmia de trafego, que se consideram eficazes e bastantes para aumentar a segurança rodoviária na zona e consequente redução da sinistralidade. 


Já não sobram muitos postes, e ainda vai a tempo de mudar de opinião. E, se como afirmou também, a sugestão dos rails atenta contra a estética do local, confesso que fico sem perceber quem autorizou ( de favor? ) o mamarracho em cima dos balneários da Tamargueira.

Da aldeia para o Mundo!

A vida tem ironias que não parecem casuísticas. O homem que liderou a Câmara Municipal da Figueira da Foz nos últimos 10 anos, sai antes de cumprido o mandato ( o terceiro! ) para secretário de Estado do Ambiente. Sim, leram bem: A-M-B-I-E-N-T-E!!
Desconheço quais os pergaminhos que recomendariam a sua nomeação para a área, mas os últimos 10 anos informaram-me das razões pelas quais o Ambiente é algo que não faz parte "da cena" de João Ataíde.
Quais são elas? Todas as posições passadas e actuais deste executivo camarário e do seu líder, nas questões que bulem com o ambiente no concelho.

Serra da Boa Viagem: não se lhe conhece qualquer acção no sentido de reorganizar, reflorestar e tornar mais atractivo para os munícipes, um espaço que é FABULOSO!!!
- Tem um dos miradouros com vistas mais fantásticas que conheço ( não, não é a Bandeira ), e deixa que uns eucaliptos de um particular que nem se importaria de os cortar, a título gratuito ou por um preço, tape completamente tal vista. Falo do Abrigo da Montanha.
- Não lhe conheço qualquer acção no sentido de conjuntamente com a tutela - ICNF -, proceder à reflorestação criteriosa de um espaço que foi fortemente afectado pelos incêndios de 1993 e 2005, e pelos temporais de 2013 e 2018, eliminando a praga das acácias e introduzindo espécies consentâneas com aquilo que foi idealizado inicialmente para o Prazo de Santa Marinha, e que foram quase totalmente dizimadas por aqueles desastres.
- A este propósito, na esteira do temporal Leslie e passados que estão 6 meses, só agora vem a limpeza, que durará, dizem, 4 meses, a qual não aconteceu antes por burocracia inerente a "concurso e hasta pública", e a necessidade de ter em conta "quatro marcos de património", informou o "competente" vereador. Mas a culpa não era da inacção do ICNF que tutela o espaço? Tanta porcaria que se faz na Figueira com preterição de concurso, e logo aqui temos que ter "concorrência"!!
- E no tema Serra da Boa Viagem, é também inevitável que, reconhecendo o bom serviço feito na pavimentação de parte da estrutura rodoviária que a atravessa, se "borre a pintura" não asfaltando o principal acesso - Teimoso/Abrigo - que se encontra esburacado, a par do troço de acesso ao Farol que se encontra ainda pior.

Couto Mineiro da CIMPOR: Há por aí notícia de que a CMFF ganhou a batalha da propriedade dos 74 hectares que faziam parte do couto mineiro do Cabo Mondego. Não vi a sentença, não posso confirmar. Mas certo é que tendo ganho a batalha, há 2 aspectos que me suscitam a mior curiosidade:
- A recuperação do local, esventrado por anos de exploração cimenteira, caberia, legalmente, à empresa concessionária, a suas expensas e em prazo determinado. A exploração terminou, tanto quanto sei, em 2013. Para além de um guarda à porta, não vi qualquer sinal de intervenção, fosse no cobrir das cicatrizes, fosse sequer na remoção de toda a maquinaria e edificado do local. A CMFF apertou com a CIMPOR ( ou Camargo Correa )?
- E assumindo que o local é já, em definitivo, domínio público, o que é que já foi feito ou pensado pelo executivo camarário para o local? O que não faltam são ideias, de técnicos, académicos e até, pasme-se, de indígenas, que poderiam criar um local de atracção global, do ponto de vista turístico e científico.

Obras de Requalificação de Buarcos: A parte mais mediática da requalificação em curso centrou-se no abate indiscriminado de árvores para acomodar o projecto "betonista" do arquitecto do regime. E que fez o edil quando confrontado com o absurdo da destruição de árvores com décadas? Recuou ligeiramente acossado pelo mediatismo que o Movimento Parque Verde imprimiu ao assunto, mas aproveitando o temporal Leslie, num acto de ressabiamento inqualificável, ordenaram o abate de quase todas as restantes para as quais o dito movimento tinha conseguido um "adiamento na execução". E não colhe o argumento de que irão haver mais árvores do que anteriormente, porque tal facto não exclude que as que há décadas ali singravam, tinham possibilidade de continuar, assim houvesse sensibilidade ambiental do edil.

Obras de Requalificação do Cabedelo: Sendo matéria que não tenho acompanhado de perto, ainda assim vou lendo que além da notória falta de conhecimento local na elaboração do projecto ( e até algum fio de acomodação de interesses particulares próximos à governação ), existe de forma mais flagrante, uma desconformidade legal com os planos de ordenamento em vigor para aquela área. Atendendo a que a obra é responsabilidade da APA, neste caso, o que deveria um presidente de câmara fazer? Analisar se a obra serve o local, os locais e o concelho, e se respeita a lei. O que é que fez? Pugna, quando instado a fazê-lo nas diversas  reuniões de de câmara ( e quando instado a explicar ) pela legalidade e bondade do que está a ser feito, em flagrante oposição a quem está no terreno e conhece a realidade. Tutelando agora a APA, não me parece que vá dar ouvidos aos indígenas informados.

Molhe Norte e a Erosão: O maior areal urbano da Europa. Tinha de ser assim? Não. Resolve-se como? Com soluções técnicas adequadas e comprovadas, as quais são encontradas nas conclusões de estudo ou estudos sobre a questão concreta. Custa dinheiro? Sim. Parece que 100.000€. Se a entidade responsável ( APA, outra vez? ) não se "encosta ao balcão", há algum impedimento a que a CMFF o faça? Dinheiro. Câmara pobre, que só agora saíu do espartilho financeiro. O que não impede que ache que 3.000.000€ em dragagens é uma solução boa, mesmo que não resolva o problema de fundo, e os efeitos se restrinjam a um par de anos. Mas descansem, que para Carnavais e arraiais há sempre guito. E o que tem mais impacto na Figueira a prazo? O Carnaval e os festivais, ou uma intervenção que resolve o problema de um areal que descaracteriza a Figueira e uma erosão que coloca em risco os aglomerados populacionais do sul do concelho?


Parque Verde Urbano: O “corredor verde urbano”, supostamente localizado à entrada da Figueira, naquilo a que se chama várzea, é uma promessa eleitoral de João Ataíde, e destinava-se ( presumo ), a consolidar a zona que Pedro Santana Lopes, no seu consulado, designou como “futuro parque verde urbano” ( ainda lá está a placa na entrada da Figueira ). Mesmo sabendo o valor da promessa eleitoral e a palavra dos políticos, o corredor verde neste momento já conta com pelo menos 3 superfícies comerciais de grande dimensão, e está uma ainda maior em fase de construção. Tudo, conforme explica o edil, para que “os de fora possam cá vir fazer compras”. De corredor verde a corredor cinzento. Mudança de tonalidade, apenas isso.

Mais situações existem, muitas fora da freguesia de Buarcos, mas no concelho, que merecem ser abordadas por quem tenha mais conhecimento das mesmas.

Positivo da nomeação, é o facto de nos livramos dele com 10 anos de atraso, mas mesmo assim 2 anos antes do previsto. Para quem nunca cá quis estar ( isto de ser presidente de câmara e ter de aturar munícipes deve ser aborrecido ), acredito que seja também com enorme regozijo que se despede. Negativo, é que a vereação continua, agora encabeçada por um Figueirense que deu cobertura integral à governação do anterior, e isso, meus caros, não augura nada de bom.

Votos de maiores sucessos ao senhor secretário do ambiente.