quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Demorou uns anos, mas finalmente vai voltar a haver luz no...túnel.

Anos, para resolver algo tão prosaico.
Os pormenores importam, senhores autarcas. As pequenas coisas têm impacto nos lugares e nas pessoas.
Continuem, que há aí muita coisa pequena a precisar de atenção. Nós e Buarcos, agradecemos.


segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A Figueira merece o esquecimento. Alguns Figueirenses, não.

A participação cívica na Figueira, é isto...

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Paulatinamente...

Se os fenómenos como aquele que se abateu sobre nós não são imputáveis à incúria ou inacção de alguém em concreto, o que se faz posteriormente é responsabilidade de todos, privados e poderes públicos.
Todos os privados tentam reparar as suas vidas como podem.
Alguns ( quero pensar que muitos! ), vão ainda para além da coisa individual, e dão o seu esforço, pequeno ou grande, em prol da coisa comunitária, limpando e removendo os detritos espalhados por toda a malha urbana.
Tendo presente que a autarquia não tem ( nenhuma tem! ) meios infinitos, espero que cumpram com o seu dever. Parte do meu bairro já cumpriu com o seu.
Aguardamos, C.M.F.F..



domingo, 14 de outubro de 2018

Leslie e o pé-frio.

Infelizmente, mais uma data para a memória Buarqueira registar pela negativa.
Pude constatar, girando desde as 8:00 da manhã, aquilo que aanoite já fazia antever:  Caos e destruição em toda a malha urbana ( e na serra também ).
O que eu não vi ( e farei a adenda com pedido de desculpas, se me provarem errado ), foram operacionais no terreno a limpar ( excepção a um par de carrinhas da Vibeira ) e os responsáveis autárquicos a acompanhar.
Como a Câmara tem portas fechadas e só o carro oficial à porta, posso assumir que sendo domingo, estão de gozo de fim-de-semana.
Sendo assim, eu e outros operacionais privados, vamos limpando telha partida e vidro das ruas onde moramos, esperando que um dia destes os operacionais públicos venham buscar os montes de entulho que nós juntámos.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Serra de Monchique / Serra da Boa Viagem: a história repete-se.

Numa altura em que na Serra de Monchique lavra um incêndio há já 7 dias, é inevitável olhar para a Serra da Boa Viagem, e apercebermo-nos das semelhanças.
A Serra da Boa Viagem foi palco de 2 grandes incêndios nos últimos 25 anos: 1993 e 2005.
O de 1993, que começou na vertente norte em 20 de Julho, ardeu durante 3 dias e passou por 1.170 hectares do perímetro florestal, incluíndo o Prazo de Santa Marinha. Recordamo-lo sobretudo porque queimou a maior parte da vegetação da serra como a conhecíamos ( restou a mancha em redor do Santo Amaro ) mudando a fisionomia daquele lugar ( vídeo do Rally do Centro de 1989 - https://www.youtube.com/watch?v=D-F8F_lwOfU  ) e destruiu o Abrigo da Montanha.
( Uma boa análise técnica deste incêndio, aqui. )

O de 2005 começou a 2 de Outubro, sendo extinto 1 ou 2 dias depois.
Ambos consumiram uma grande fatia da vegetação de grande porte na serra, e na falta de uma reflorestação ordenada e implementação de controlo de espécies oportunistas ( acácia principalmente ) deram origem ao aparecimento desenfreado dessas mesmas espécies. Escusado será dizer que estão em crescimento há 13 anos, e a única intervenção de que me tenha apercebido, é uma "rapagem" de mato de algumas bermas das estradas que traçam a serra.

E o que é que isto tem a ver com Monchique? Tudo.
Lá, como cá, não foi feita uma intervenção pensada para evitar que o coberto vegetal crescesse desenfreada e desreguladamente desde o último grande incêndio ( 2003 ), e segundo as opiniões que vou ouvindo e lendo, tal acumulação de combustível - leia-se, vegetação - tornou-se um desastre à espera de acontecer. Demorou 15 anos. Mas não falhou.
E a serra da Boa Viagem?
Na minha pouco técnica opinião, está carregadinha com o tal combustível que vem a acumular desde 2005 ( 13 anos ), e basta que um qualquer pirómano, são ou maluco, coloque o fogo no sítio certo,  para que, com as condições de vento que se fazem sentir hoje, num ápice a serra volte a 1993 e 2005, e se coloquem vidas e bens em perigo.
Esta é obviamente uma questão a resolver por instituições da administração central e pelo Governo, mas é algo que a CMFF da Figueira da Foz devia ter como prioridade desde o momento em que o incêndio de 2005 ( e especialmente o de 1993 ) foi dado como extinto.

Haverá quem veja nos meus textos uma grande dose de negativismo e morbidez, mas eu é que sei o que gosto desta terra, e a frustração que tenho em ver que se podia fazer tanto e se faz tão pouco.
Passo muitos dias a palmilhar esta terra, seja à borda do mar seja nos caminhos da serra, de carro, a pé, de bicicleta, e isso dá uma perspectiva mais próxima, e que permite que me aperceba do que não é feito e que devia sê-lo, não porque eu acho, mas porque é uma necessidade para a comunidade, e faz parte do dever de um autarca eleito.

Infelizmente, é muito provável que o futuro próximo me dê razão, e que tenha de andar de mangueira de jardim na mão, a tentar proteger do fogo aquilo que é de família, amigos, conhecidos e até de estranhos. 






quarta-feira, 8 de agosto de 2018

É isto tudo.


https://aventar.eu/2018/08/08/coimbra-mare-baixa/


Coimbra queria turistas. Têm-os. Mas não mexe um dedo para merecê-los. Saca deles o que pode e trata-os, e aqui é que bate o ponto, tão mal como trata os seus cidadãos. E uma cidade que não cuida da felicidade dos seus habitantes, não cuidará da dos visitantes, mesmo que pareça fazê-lo. E está destinada a perder o melhor de uns e outros.

A sina deles é também a nossa.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Contraste.



 http://outramargem-visor.blogspot.com/2018/08/misterio-dos-misterios.html


Buarcos é um destino turístico, apenas quando as temperaturas se chegam ou ultrapassam os 30º. Ponto.
Tive oportunidade de registar a influência do tempo no "movimento" estival em Buarcos, de 1995 até 2013. É empírico e inequívoco: sol, muita gente. Sem sol, népias.
E enquanto só tivermos sol, muita areia e água fria, vai ser sempre assim, ainda que os autarcas locais regozijem com as enchentes nos fins-de-semana de calor, como este que findou.
Mas não é uma inevitabilidade. Temos uma terra fabulosa, em que podiam ser replicados conceitos e atracções que fazem parte do turismo "moderno", e com as pessoas certas, podiam até aparecer conceitos e valências inovadoras ou pelo menos vanguardistas.
Eu vislumbro algumas, mas não adianta dar pérolas a porcos surdos que preferem foguetes e bailarico, restando esperar que esta fauna desande para as respectivas aposentações.
Entretanto, perdem-se anos a fazer nada. Pena. Esta terra merece tanto mais, e tem mais tanto para dar.

sábado, 28 de julho de 2018

Arriba PERIGOSA no Cabo Mondego.

Valha-nos a actuação da Autoridade Marítima, com a proverbial competência de tudo que é "autoridade" na Figueira da Foz.
Vê-se claramente que aquela "arriba" está em risco de colapso há pelo menos 55 anos. Exigia-se acção. Ela aí está. Depois não digam que eles não avisaram.

Como é que esta malta "arriba" aqui, é que eu não sei.



P.S. Daqui para norte, só voltam a ter placas nas arribas da Praia de Quiaios (!).
Tenho de lá ir ver se já desabaram.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Xanatices.


E com esta obra de arte, tenho quase a certeza que estragaram definitivamente o projector.
Esta rapaziada deixa-me sem palavras.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Será que eu é que sou pessimista?



Há uns meses atrás, enviei um mail ao Vice-Presidente da CMFF, dr. Carlos Monteiro.

Porque entendo ser um acto público, ainda que circunscrito aos endereços de duas pessoas, transcrevo o texto:

Exmo. Senhor Vice - Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz
Dr. Carlos Monteiro

Os meus cumprimentos.

Interpelo-o na sua posição de Vice-Presidente da C.M.F.F., para, na minha qualidade de nado e criado em Buarcos há mais de 54 anos, colocar ênfase em duas situações que, cabendo nos pelouros atribuídos a Vª. Exª., deveriam ser abordadas e para elas encontrada uma solução.

Primeiro, a curva do cemitério de Buarcos:

Para quem tenha idade para se lembrar ( ambos temos ), a curva do cemitério sempre foi problemática e fértil em acidentes, com algumas vidas perdidas naquele local, antes e depois da construção da marginal.
A colocação de material anti-derrapante e as lombas de regulação de velocidade ( algures nos anos 90 ou 2000 ), introduziram um grau de segurança que, tanto quanto me lembre, permitiu que desde então até à substituição operada recentemente naquele piso, o número de acidentes ( essencialmente despistes )  baixasse drasticamente, e o número de fatalidades, tanto quanto a memória me serve, fosse nulo.
Substituido que foi o piso, já no decorrer de 2017, verifiquei já e pelo menos, dois violentos acidentes ( despistes ), que resultaram em postes de iluminação colapsados, e alguns metros de muro danificados e/ou destruídos.
Não querendo nem tendo suficiente conhecimento para avançar com conclusões acerca do piso aplicado ( de todo o modo aconselho-o a experimentar travar nele, com alguma chuva ou humidade, quer na curva referida quer na rotunda do E. Leclerc ), e mesmo concedendo que em tese, o mesmo é apto ao final a que se destina, penso que é absolutamente curial que Vª. Exª. se debruce sobre a circunstância daquele passeio ser utlizado por centenas ( se não, milhares, presente remetente e destinatário incluídos ) de pessoas por dia, essencialmente numa vertente de lazer, aproveitando um dos melhores cenários de caminhada urbana que conheço em todo o mundo ( a nossa marginal oceânica ), e na tragédia que pode representar, um despiste automóvel naquela zona.
A solução, permita-me sugerir, passa por instalar um rail de protecção, segregando o passeio da faixa de rodagem, o que, podendo em tese não evitar todas as possibilidades de alguém ser atingido, mitigará grandemente a probabilidade de tal.
Não conhecendo os preços de mercado para tal obra, sabemos que tal é comportável por uma Câmara que tem quase finalizado o plano de saneamento financeiro e, mesmo que dificuldades orçamentais fossem impeditivas, parece-me que sendo a primeira missão de qualquer autarca, o bem estar e segurança dos munícipes, Vª. Exª. encontraria seguramente forma de efectivar aquele objectivo primordial.

O segundo aspecto, contende com aquilo que na opinião de muitos munícipes e também de quem nos visita regularmente, se trata de uma obra boa mas inacabada. Falo da ligação do Teimoso ao Abrigo da Montanha e ao Farol do Cabo Mondego.
Asfaltar cerca de 9.200 metros de ligações dentro da belíssima Serra da Boa Viagem, e deixar uma "nódoa" de cerca de 1.500 metros nos troços que ligam o cruzamento da Casa do Guarda ao Abrigo, e daquele local ao Farol do Cabo Mondego, é sem dúvida não ser consistente com as loas e os anúncios que a C.M.F.F. tece e concede, àquele que é, repito, um dos ex-libris da Figueira da Foz.
Faça ou lute por isso sr. Vice-Presidente. Talvez os que no elenco camarário não são da Figueira, não percebam a alma daquele local, mas eu sei que Vº. Exª., retirado o elemento político, é um Figueirense que sente a Figueira e partilha desta posição. E acredite que serão estas posições que tome agora, que as pessoas recordarão mais à frente, quando, como parece, se alcandorar a outro lugar.

Na expectativa da sua melhor recepção,

Cordata e atentamente sou,


Joaquim Cravo


A resposta, cujo atraso relevei pelas razões que na mesma o dr. Carlos Monteiro apresentou, é a seguinte:


Ex.mo Senhor Dr. Joaquim Cravo,

Em primeiro lugar, as minhas desculpas por só agora responder ao e-mail que me enviou a 11 de Fevereiro. Por lapso, julgava que já lhe tinha sido dada uma resposta. Só me apercebi de que tal não tinha sido feito, quando fui alertado para o facto de o assunto ter sido comentado num blog.

Relativamente às questões que coloca, valido as informações infra dos serviços.
 
"Assunto 1
 A) No que diz respeito ao acidente ocorrido na curva do cemitério:
Não se trata de dois acidentes, mas apenas de um, que envolveu duas colisões uma no muro de proteção da praia e outra no poste de iluminação pública.
Este acidente ocorreu em circunstancias particulares/especiais:
Segundo o auto de ocorrência da PSP, o acidente ocorreu às 4h da madrugada. O condutor em causa, não tinha carta de condução, não tinha o veiculo segurado e acusou uma TAS de 1.69g/l, motivo que levou a ser detido.

B) No que diz respeito aos trabalhos efetuados no âmbito da empreitada de beneficiação da curva do cemitério:
Foram implementadas várias medidas de acalmia de trafego, que se consideram eficazes e bastantes para aumentar a segurança rodoviária na zona e consequente redução da sinistralidade. 
Destacam-se:
Bandas cromáticas – numa sequência de pares de linhas transversais contínuas com espaçamentos degressivos – facilmente legíveis, foram aplicadas antes da curva, para alertar para a necessidade de praticar velocidades mais reduzidas, nesta zona, complementando a sinalização vertical de perigo existente.
Corsafe – Este tipo de sinalização horizontal de área colorida em vermelho anti-derrapante, foi aplicada com resinas coloridas de alta visibilidade, alta refletividade, claramente visível. Com todas estas propriedades, alerta os condutores, melhora o atrito e visibilidade na área da curva (propensa aos acidentes).
Pode ainda acrescentar-se que esta solução constitui uma boa solução em termos de durabilidade, apresenta uma boa relação custo/beneficio, uma alternativa de alto desempenho às pinturas de sinalização viária convencionais, com excelentes propriedades de resistência à derrapagem e com excelentes resultados a nível de segurança rodoviária.
Refletores de estrada em vidro temperado– habitualmente designados por olhos de gato, com a sua capacidade de refletir a luz dos faróis dos automóveis, durante a noite, foram aplicados para auxiliar / indicar os limites da faixa da rodovia, advertir e orientar os utentes nesta área propensa aos acidentes."

Acrescento que, no que diz respeito à sugestão de aplicação de guardas de segurança tipo JAE para proteção do peão, consideramos que a velocidade permitida no local não justifica o equipamento referido, provocaria problemas de mobilidade, além de que a mesma teria um impacto estético que não se coaduna com o espaço.

"Assunto 2
Os troços que a Câmara Municipal beneficiou recentemente, na área envolvente à serra da Boa Viagem foram:
1.Troço da estrada da Serra entre o Restaurante Teimoso e a Rua do Algarve;
2.Troço Restaurante Abrigo da Montanha / Povoação da Serra;
3.Troço de acesso à Bandeira pela estrada Restaurante abrigo da Montanha / Povoação da Serra;
4.Estrada da Serra desde a povoação da Serra até ao Eleclerc."

Acresce ainda dizer que não se beneficiaram os seguintes troços, pelas razões que se expõem: o troço da estrada da Serra, entre a Rua do Algarve e o Restaurante Abrigo da Montanha, dado que, entre todos os troços, era o que se apresentava em melhor estado de conservação; a estrada que liga o Farol do Cabo Mondego à estrada de acesso à Bandeira – Buarcos, uma vez que a conservação desta via é da responsabilidade da Autoridade Florestal e não a considerámos prioritária nesta empreitada.


Cumprimentos,

Discordo da argumentação, e se a questão do troço do Abrigo da Montanha se explica a si mesmo para quem lá queira passar, já a curva do Cemitério, se não se evidenciar por alguma tragédia que ali venha a acontecer, é mais do que claríssima pelo número de acidentes, travagens, postes e bocados de muro deitados abaixo ao longo do tempo, alguns, frescos de semanas.

Estando a secção dos comentários "aberta", era bom que quem tem opinião se pronunciasse.


 

A culpa é de todos nós!

Um dos projectores finou-se ( Aqui ) após alguns meses da obra. Nunca a lâmpada, se era essa a avaria, foi substituída. O segundo projector ainda se aguentou algum tempo mais, vindo a padecer do mesmo mal, e posteriormente, o próprio vidro ( por maldade ou falta de qualidade ) quebrou.
Hoje, é este o aspecto diurno. A noite piora o aspecto.
A culpa é nossa.


quinta-feira, 14 de junho de 2018

Requalificação Frente Marítima de Buarcos.

Pior do que não saber o que vai ser feito ( as fotos dão alguma ideia! ), é desconhecer qual o resultado.
Pelo andar da carroça e pelo historial, não se augura nada de bom.