quinta-feira, 18 de junho de 2009

In Publico, 18.06.09

Deco contra as fortes variações praticadas no preço da água entre os vários concelhos do país

18.06.2009 - 07h15
Por José Manuel Rocha
O preço de cinco metros cúbicos de água fornecida pela rede pública tanto pode custar 0,75 euros (na Chamusca) como 8,34 euros (na Figueira da Foz). São os valores apurados pela Deco num observatório que engloba 41 municípios. A associação de defesa do consumidor exige transparência no sector e regulamentação que conduza à harmonização dos tarifários que estão a ser praticados.A Deco, em comunicado emitido ontem, considera que as disparidades observadas nos concelhos que tem sob monitorização “são manifestamente injustas para os consumidores” e acrescenta que as diferenças apuradas não têm “qualquer tipo de justificação económico-financeira”.Os preços mais baixos de fornecimento de água encontram-se nos concelhos onde é a câmara local a gerir o serviço. É o caso do município onde se apura o valor de fundo de tabela – Chamusca. Situações idênticas ocorrem em Ponte de Lima, em Caminha, em Évora e em Vila Viçosa.Onde o serviço foi concessionado a empresas do sector privado, o caso muda de figura: os valores são geralmente mais elevados. É o caso da Figueira da Foz, onde cinco metros cúbicos de água custam 8,34 euros (este valor inclui a componente volumétrica e a tarifa fixa mensal). Outros exemplos podem ser avançados: Mafra (7,87 euros), Tavira (6,50), Matosinhos (5,68). A média de preços apurada pela Deco para o total dos concelhos analisados é de 4,97 euros por cinco metros cúbicos. Para além das disparidades de preços, a DECO detectou também uma enorme diversidade de escalões de contagem, que podem ir de apenas 2 (Mafra) a 18 (Castelo Branco), desconformidades na dimensão dos escalões e diferentes formas de cálculo do valor a pagar. Há municípios, diz a associação, que fazem com que o utente pague todo o consumo com base no custo do escalão do último metro cúbico.A DECO propõe, num movimento que apelidou de “Água a Preço Justo”, que sejam harmonizadas, em todo o país, as estruturas tarifárias de água, nomeadamente através da utilização de “um número homogéneo e racional de escalões na componente volumétrica do tarifário”. A associação pretende, ainda, que seja estabelecida uma estrutura de tarifas simples e transparente, de forma a que o consumidor fique claramente informado sobre o valor que tem de pagar.A correcção de injustiças implica, para a Deco, o fim dos contratos que impõe, para a totalidade do consumo, o preço do escalão do último metro cúbico consumido. E a transparência determina, segundo a associação de defesa do consumidor, que as empresas que gerem os serviços publicitem a justificação dos valores cobrados.


A DECO demora a tirar conclusões. Com esta notícia, aposto que vai renascer o movimento contra o preço da água na Figueira.

7 comentários:

Anónimo disse...

Então como vai a obra da Rua 5 de Outubro?

CeterisParibus disse...

Se o anónimo tem de perguntar, presumo que não seja de cá, nem cá venha frequentemente. Assim, dou-lhe a minha perspectiva:
Curiosamente, passei no largo da Srª da Conceição, ao fim da tarde, e aquele seixo que pavimenta os largos está um bocadinho saliente. Não me choca, mas acho que não pensaram muito em quem tem de caminhar por cima delas. Quanto ao resto, confirma-se que a 5 de Outubro vai ter um único sentido, pavimentado com uns tijolos de granito que, pelo menos nos caixotes, parecem bonitos e duráveis. Vantagem maior, é o facto de, diminuindo a faixa de rodagem, finalmente poder haver espaço para passeios dignos desse nome. Veremos se as bermas/passeios, não começam a ser ocupados para estacionamento. No resto, só quando estiver definitivamente acabada, é que se poderá ter uma ideia do efeito. Até lá...

Anónimo disse...

Obrigado pela resposta á minha pergunta do dia 25. Estava interessado em saber, porque sou de Coimbra e à imensos anos que passo as férias em Buarcos. Ainda este fim de semana estive aí (em Buarcos) e aproveitei para ver o andamento das obras da Rua 5 de Outubro. Sou leitor assiduo do seu blog e tenho lido algumas opiniões em relação à obra. pois o que vi ontem agradou-me, excepto de nesta data a obra ainda não estar concluida e não ter a percepção completa da obra. Mas agradou-me o passeio que poderá haver sempre junto da muralha, e gotei imenso das pedras que estão a ser usadas, principlamente do seixo (mas talvez seja por estar habituado, devido ás ruas em Coimbra. Por outro lado, na minha opinião seria ideal a colocação de locais com sombra e espaços verdes, colocação de algumas árvores ou mesmo relva. Espero mais novidades. Obrigado

Jorge Duarte

CeterisParibus disse...

De facto, ainda não se consegue ter uma perspectiva mínima sobre o aspecto que a obra terá a final. E, segundo me parece, nem vai estar concluída antes da dita "época balnear". Neste momento, presumo que a urgência seja camuflar o que se pode, e acabar quando puderem.
Quanto à zonas "verdes", e de "sombra", parece-me que pelo menos umas quantas árvores já têm buraco aberto. Ainda não percebi se os largos continuarão a albergar estacionamento automóvel. Se me perguntam, e com óbvio prejuízo meu, diria que não deveriam continuar. E sim, sei que Buarcos em problemas enormes de estacionamento( ou falta dele)no Verão. Já abordei esta temática num outro post, e mantenho a minha opinião. Prefiro uma terra mais bem enquadrada do ponto de vista urbanístico, do que uns milhares de carros a entrar e sair da Vila, umas poucas semanas por ano.
Veremos se quem vem a seguir (Junta de Freguesia) perfilha uma ou outra teoria.

Anónimo disse...

Gosto bastante do tipo de granito que estão aplicar na 5 de Outubro!

Anónimo disse...

Boas, então não há mais noticias acerca das obras da Rua 5 de Outubro? este blog anda muito parado...

SN disse...

De facto, é verdade que a nossa àgua é uma das mais caras. é pena porque o preço nao e proporcional à qualidade, mas que podemos nos fazer ?

Cumprimentos

ssem-nomee.blogspot.com